Uma situação revoltante tem causado indignação entre protetores e amantes da causa animal em Salvador. Dona Ângela Gomes, idosa reconhecida pelo trabalho voluntário que realiza há mais de 20 anos à frente do abrigo Agapa, foi proibida de recolher papelão nas lojas do Atakarejo de Cajazeiras e São Cristóvão.
O material, que seria descartado pela rede de supermercados, é fundamental para o bem-estar dos 350 animais sob os cuidados da protetora, entre eles quatro cães deficientes e dezenas de gatos em tratamento contra esporotricose — doença grave que exige isolamento e higiene redobrada. O papelão é utilizado para forrar gaiolas, aquecer os cães contra o frio e garantir mais conforto aos bichos.
Mesmo identificada com a camisa do abrigo, Dona Ângela foi barrada sob a justificativa de que o papelão seria usado pelo supermercado para “pagar a energia elétrica”. A alegação, considerada absurda por protetores e ativistas, levanta questionamentos: seria possível uma rede de supermercados tão grande precisar de papelão para esse fim?
Conhecida e respeitada na causa animal, Dona Ângela nunca recebeu auxílio governamental e mantém o abrigo apenas com doações e a própria dedicação. Sua atuação já salvou a vida de milhares de cães e gatos abandonados ao longo de mais de duas décadas.
O episódio tem repercutido nas redes sociais, onde internautas classificam a atitude do Atakarejo como mesquinha e desumana, especialmente diante da vulnerabilidade dos animais que dependem da solidariedade da protetora.
👉 Até o momento, a rede de supermercados não se manifestou oficialmente sobre o caso.
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